Ontem quando estava no terminal a espera do ônibus uma senhora sentou-se do meu lado. Com uma expressão triste comentou que estava vindo do hospital de caridade, onde passou o dia com o filho de 38 anos que está com um cancêr na cabeça em fase terminal. Então continuamos conversando e ela falou na fé que ainda tem para a recuperação do filho. Acredita que Deus ainda possa fazer um milagre.
E continuamos conversando dentro do ônibus, ela mora na Colônia Santana, tem 63 anos, criada no interior começou a contar sobre algumas crendices e histórias da sua época. Por exemplo, falou sobre aquele peixe, o linguado, conhecido aqui na ilha e que tem a boca torta. Segundo ela, sua mãe, lá na infância contou que esse peixe ficou com a boca assim porque Deus em um momento, lá da passagem bíblica, fez uma pergunta a esse peixe e muito malcriado o peixe não respondeu fazendo pouco caso com Deus. Então Ele disse: você vai ficar com essa boca torta por fazer isso. Interessante que muita gente não come esse peixe, dizendo que ele é amaldiçoado. Muitos ao ler isso vão pensar, até parece! Eu respeito as crenças das pessoas. Ao final desse comentário vocês vão entender a importância de tudo isso. Também começamos a falar nas coisas simples das cidades do interior que deixam saudades. Como as novenas, onde as pessoas se reuniam na casa uma das outras na época antecedente ao natal para ler as passagens bíblicas, cantar, rezar. E ela contou que na sua casa era preparado uma mesa cheia daquelas coisas gostosas do interior para receber os amigos e vizinhos. Doces que ela ainda prepara hoje, como bolachinhas de natal, de polvilho, me deu uma vontade de ir na casa dessa senhora pra matar a saudade da minha infância! Segundo ela depois da novena que geralmente era aos sábados, iam todos para o baile. E ela diz que passa isto para os netinhos tentando ainda preservar algum valor. Valor pelas pessoas, pelo respeito com a natureza, porque na sua simplicidade ela comentou que o mar vai pegar de volta o que já era dele, referindo-se aos aterros e ao que está acontecendo com a natureza , recordando da época em que o mar batia nas paredes do mercado de Floripa.
E continuamos conversando dentro do ônibus, ela mora na Colônia Santana, tem 63 anos, criada no interior começou a contar sobre algumas crendices e histórias da sua época. Por exemplo, falou sobre aquele peixe, o linguado, conhecido aqui na ilha e que tem a boca torta. Segundo ela, sua mãe, lá na infância contou que esse peixe ficou com a boca assim porque Deus em um momento, lá da passagem bíblica, fez uma pergunta a esse peixe e muito malcriado o peixe não respondeu fazendo pouco caso com Deus. Então Ele disse: você vai ficar com essa boca torta por fazer isso. Interessante que muita gente não come esse peixe, dizendo que ele é amaldiçoado. Muitos ao ler isso vão pensar, até parece! Eu respeito as crenças das pessoas. Ao final desse comentário vocês vão entender a importância de tudo isso. Também começamos a falar nas coisas simples das cidades do interior que deixam saudades. Como as novenas, onde as pessoas se reuniam na casa uma das outras na época antecedente ao natal para ler as passagens bíblicas, cantar, rezar. E ela contou que na sua casa era preparado uma mesa cheia daquelas coisas gostosas do interior para receber os amigos e vizinhos. Doces que ela ainda prepara hoje, como bolachinhas de natal, de polvilho, me deu uma vontade de ir na casa dessa senhora pra matar a saudade da minha infância! Segundo ela depois da novena que geralmente era aos sábados, iam todos para o baile. E ela diz que passa isto para os netinhos tentando ainda preservar algum valor. Valor pelas pessoas, pelo respeito com a natureza, porque na sua simplicidade ela comentou que o mar vai pegar de volta o que já era dele, referindo-se aos aterros e ao que está acontecendo com a natureza , recordando da época em que o mar batia nas paredes do mercado de Floripa.
Como a vida era simples sem celular, computador, sem poder de compra mas as pessoas não eram vazias. Eram cheias de solidariedade, de respeito, de alegria, de saúde, pois se alimentavam da comida da terra, não de tantas coisas enlatadas e também alimentavam o espírito, não só rezando, mas na reunião com a família, com o vizinhos, trocavam idéias, escutavam um ao outro, como neste exercício que eu e essa senhora fizemos, não tinham a tv para se tornarem alienadas, como acontece hoje em dia.
Poderia ficar o dia inteiro ouvindo essa senhora. Me fez recordar e repensar alguns valores Eu sou fascinada pelas experiências dessa gente, como podemos aprender com elas. Mas elas não são doutoras, nem mestres, essa senhora deve ter 1ª a 4ª série. Mas tem sabedoria e valores adquiridos, conquistados e respeitados. Imagina se esta senhora tivesse a oportunidade de estudar e aprofundar seu conhecimento do sendo comum, preservando estes valores?
Poderia ficar o dia inteiro ouvindo essa senhora. Me fez recordar e repensar alguns valores Eu sou fascinada pelas experiências dessa gente, como podemos aprender com elas. Mas elas não são doutoras, nem mestres, essa senhora deve ter 1ª a 4ª série. Mas tem sabedoria e valores adquiridos, conquistados e respeitados. Imagina se esta senhora tivesse a oportunidade de estudar e aprofundar seu conhecimento do sendo comum, preservando estes valores?
Fiz uma ponte com muitas coisas que eu e meu amigo Alejandro conversamos, neste mesmo dia. O povo não acredita mais em crenças, em valores, no que nossos avós falavam, mas segue o que passa na TV. E se torna cada vez mais alienado. Não vê que o poder de compra é um jogo de interesses. E que o objetivo dos governos é que a população seja cada vez menos letrada, para não conseguir fazer esse tipo de reflexão que estamos fazendo agora. Pra encerrar percebi mais uma coisa: ao me despedir da senhora percebi que o seu rosto não estava mais tão triste, como no momento em que sentou-se ao meu lado. Percebi que esta conversa fez bem pra mim e pra ela. Um sorriso, uma atenção, a paciência de ouvir o outro, exemplos de pequenas coisas, que o ser humano precisa resgatar para melhorar esta sociedade!
Muito interessante esta sua estória.Eu também gosto muito de ouvir as pessoas, Como tenho mania de escrever sobre as pessoas,cada uma que se chega a mim,conta sua vida,uma passagem dela,ou uma situação,até mesmo de sofrimento,vira um conto ou uma crônica no meu Blog. GOSTEI.depois vou ler mais.VOCÊ PRECISA ADERIR A MAIS SITES OU BLOGs,COMO FIZ,PARA TER MAIS SEGUIDORES. Continue,siga em frente. Bom fim de semana. Aguardo seus comentários no meu blog.
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